A Bancada Feminista da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) solicitou formalmente, nesta quarta-feira, ao secretário de Segurança paulista esclarecimentos sobre a participação de um youtuber em operações da Força Tática da Polícia Militar por 24 horas – uma prática proibida.
Além de participar e filmar as ações do grupo policial, Gen Kimura também utilizou o uniforme oficial da PM, a qual autorizou a presença do influenciador norte-americano.
"Para além da inadequação, o vídeo retrata práticas discriminatórias nas buscas pessoais que reforçam estereótipos sobre favelas e comunidades pobres do país", disse a bancada em um requerimento.
O documento também cita uma diretriz da PM que proíbe "ao policial militar (da ativa, agregado ou veterano), por meio de contas pessoais em mídias sociais e aplicativos mensageiros, a criação, edição, postagem ou compartilhamento de conteúdos que se relacionem, direta ou indiretamente, com a Polícia Militar, a exemplo de vídeos, imagens, áudios, textos, mensagens e links […]”.
Perguntas feitas ao secretário de segurança
- Há procedimento de sindicância instaurado para apurar os fatos que envolvem a gravação, edição e publicização de vídeo postado no canal do YouTube atribuído ao influencer norte-americano Gen Kimura.
- Foi firmado algum termo entre a Polícia Militar do Estado de São Paulo e o referido influencer para que a gravação ocorresse? Se sim, enviar cópia.
- Os agentes policiais responsáveis por permitir que o youtuber acompanhasse o patrulhamento, usasse o uniforme oficial da polícia e tivesse acesso ao armamento da corporação foram identificados? Se sim, algum deles foi punido e/ou afastado de suas funções?
- As ilegalidades retratadas no vídeo publicado estão sendo apuradas?