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Nesta quinta-feira (5.set.2024), o Metrópoles publicou uma reportagem com denúncias de assédio moral e sexual que a organização Me Too Brasil teria recebido contra Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos.
Uma das vítimas teria sido Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, em 2023:
"A coluna apurou com 14 pessoas, entre ministros, assessores do governo e amigos de Anielle Franco, como teriam ocorrido os supostos episódios de assédio a Anielle, que incluiriam toque nas pernas da ministra, beijos inapropriados ao cumprimentá-la, além de o próprio Silvio Almeida, supostamente, ter dito a Anielle expressões chulas, com conteúdo sexual."
Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida é acusado de assediar mulheres. Entre elas, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco www.metropoles.com/colunas/guil...
— Guilherme Amado (@guilherme-amado.bsky.social) 2024-09-05T20:57:03.862Z
Mais tarde, a Folha de S.Paulo disse ter confirmado as informações sobre as supostas denúncias.
Por meio do Ministério, Silvio Almeida divulgou uma nota dizendo repudiar "com absoluta veemência" o que chamou de "mentiras" contra ele.
Nota do ministro Silvio Almeida para imprensa. “Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Encaminharei ofícios para CGU, Ministério da Justiça e Segurança Pública e PGR para que façam uma apuração cuidadosa do caso”. www.gov.br/mdh/pt-br/as...
— Lázaro Rosa (@lazarorosa.bsky.social) 2024-09-06T00:09:53.436Z
A pasta publicou também um comunicado acusando a Me Too Brasil de tentativa de interferência na licitação do Disque Direitos Humanos (Disque 100).
O jornalista Rubens Valente fez uma observação sobre a estratégia de defesa do ministério.
o Ministério dos Direitos Humanos partiu pra cima do coletivo de mulheres que colhe e divulga denúncias de assédio sexual. Os especialistas em gestão de crise recomendariam? É uma pergunta
— Rubens Valente (@rubensvalente.bsky.social) 2024-09-06T13:26:46.524Z
Não é novidade que violências de gênero não são tratadas com a devida gravidade em espaços políticos, sejam eles de direita ou esquerda, movimentos sociais e coletivos. Quem vive sabe. E sabe também que a maioria dos homens que conhecemos são cúmplices.
— Andressa Zumpano (@zumpanoandressa.bsky.social) 2024-09-06T12:26:58.995Z
E o jornalista Leandro Demori criticou o ministro por ter usado "a estrutura de Estado" para divulgar o comunicado.
Ministério não pode ser usado pra soltar notas ou defender casos pessoais de seus ministros. É vergonhoso que o Ministério dos Direitos Humanos faça esse papel no caso de Silvio Almeida. O ministro deve se explicar por seus próprios meios, sem usar a estrutura de Estado.
— Leandro Demori (@demori.bsky.social) 2024-09-06T06:36:09.244Z
Silvio Almeida postou ainda um vídeo em suas redes defendendo-se das acusações.
A primeira-dama, Janja Lula da Silva, publicou uma foto no Instagram com Anielle, que até agora não se manifestou publicamente. A colunista Malu Gaspar disse que Anielle conversou sobre o assunto com Janja, e que ela teria se comprometido a tratar do assunto com o presidente Lula.
Janja há pouco no Instagram 👀
— Jeff Nascimento (@jnascim.info) 2024-09-06T03:44:25.182Z
Além disso, outros ministros como Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Ricardo Lewandowski (Justiça) também já haviam sido informados sobre o caso.
🇧🇷 Anielle Franco relatou caso de assédio envolvendo o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, à primeira-dama Janja. De acordo com a coluna da Malu Gaspar, no O Globo, o Planalto já sabia do assunto “há semanas” e os episódios teriam ocorrido no ano passado. oglobo.globo.com/blogs/malu-g...
— Eixo Político (@eixopolitico.com.br) 2024-09-06T01:01:09.601Z
A Comissão de Ética da Presidência da República divulgou uma nota à imprensa dizendo que o ministro foi chamado a prestar esclarecimentos.
🇧🇷 AGORA: Comissão de Ética da Presidência da República abre procedimento para apurar denúncias de assédio sexual envolvendo o ministro Silvio Almeida. Em nota, o Palácio do Planalto reconheceu a gravidade do caso e afirmou que o caso está sendo tratado com “rigor” e “celeridade”.
— Eixo Político (@eixopolitico.com.br) 2024-09-06T02:14:32.662Z
Desde o início da noite desta quinta-feira, o caso é o assunto mais comentado nas redes.
E a nota é horrenda. Qualquer bocó familiarizado com as discussões feministas sabe que "minha mulher e minha filha" são amparos antifeministas para apontar quais mulheres merecem respeito e sinalizar para outros homens respeito pelas mulheres deles. Por eles. E não por elas.
— Mary W. (@maryw.bsky.social) 2024-09-06T01:35:52.387Z
Gente... nao sei o que pensar Mas que tristeza de qualquer forma
— Nil Moretto (@nilmoretto.bsky.social) 2024-09-06T00:03:34.109Z
Apesar de os fatos ainda não terem sido totalmente esclarecidos, houve críticas ao governo por não ter agido à época das primeiras denúncias.
Imagina o quão ACÉFALO e DISFUNCIONAL tem que ser um governo pra uma ministra fazer uma denúncia desse naipe para seus pares de governo e NADA acontecer! Precisou a imprensa divulgar essa porra antes do governo se mexer, na moral....
— Medo e Delírio em Brasília (@medoedeliriobr.bsky.social) 2024-09-05T22:04:45.227Z
