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Quando a ginasta brasileira Rebeca Andrade conquistou sua quarta medalha na Olimpíada de Paris, páginas de fofoca e cultura pop, assim como perfis de direita, começaram a divulgar o valor que ela vai ter que pagar em impostos.
Só que houve uma confusão, que a Receita Federal tentou esclarecer — e mal: as medalhas (os objetos brilhosos em si) não são taxadas, mas os valores em dinheiro repassados pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro) aos atletas vencedores, sim.
A taxa está em vigor desde 1974 — os medalhistas da Olimpíada de Tóquio, obviamente, também tiveram que pagá-la.
Depois da polêmica, a Receita Federal soltou mais um comunicado, desta vez mais esclarecedor:
"Além das medalhas, os(as) atletas podem também receber remunerações pagas pelo comitê olímpico brasileiro, federações esportivas, clubes, empresas e outros patrcionadores, pela participação ou desempenho em eventos desportivos. Isso é tributado como qualquer outra remuneração de qualquer outro(a) profissional, desde que seja um valor superior ao da faixa de isenção do imposto de renda (hoje em dois salários mínimos)."
Algumas pessoas se perguntaram por que houve esse pico de interesse sobre o imposto de renda pago por atletas.
Talvez tenha sido influência dos memes do Haddad taxador?
Mas aí, na manhã desta quinta-feira (8.ago.2024), o presidente Lula assinou uma medida provisória para que os atletas olímpicos não paguem imposto de renda sobre os prêmios recebidos na Olimpíada de Paris.
⚠️ Texto atualizado às 10h23 para incluir a notícia sobre a medida provisória assinada por Lula.