O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, se reuniu com representantes das plataformas de redes sociais nesta quarta-feira (19.out) para um balanço das ações das empresas. A avaliação do TSE é de que, enquanto o primeiro turno foi "talvez melhor" que o esperado, houve uma piora na esteira para o segundo turno.
QUEM? Participaram da reunião representantes de Google, Meta, Twitter, TikTok, Linkedin, Twitch, Kwai e, do lado da Justiça Eleitoral, estiveram presentes o ministro Alexandre de Moraes, o corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, os ministros Sérgio Banhos e Carlos Horbach e as ministras Isabel Gallotti e Maria Claudia Bucchianeri, além de assessores.
AÇÕES + DURAS: Moraes agradeceu o trabalho das plataformas no primeiro turno, mas sinalizou que a disseminação de notícias falsas cresceu na campanha do segundo turno, o que vem exigindo "medidas mais duras" da parte do TSE.
Na véspera do encontro, o TSE abriu uma investigação contra diversos integrantes do núcleo duro bolsonarista por um suposto esforço concertado de disseminação de notícias falsas mirando o candidato Luiz Inácio Lula da Silva.
DEMORA. Segundo apuração do jornal Folha de S. Paulo junto a pessoas presentes na reunião, Moraes sinalizou que as plataformas demoram para derrubar conteúdos e pressionou para que YouTube, TikTok e Kwai não "levem mais de 4 a 5 horas para remover vídeos após denúncias do tribunal", ao que o YouTube teria demonstrado certa resistência.
- Moraes também teria feito menção a um problema com URLs, o que reforça a importância da ação rápida. A Corte determina a derrubada de URLs específicas e, quando as plataformas não removem o conteúdo com rapidez, esse mesmo conteúdo se multiplica em outras URLs, o que diminui a efetividade da ação de derrubada.