Se deus criou o ser humano à sua imagem, não é de se estranhar que as IAs generativas falem de tudo, até do que não sabem, como se fossem especialistas no assunto. Afinal, foram criadas por startupeiros do Vale do Silício que se acham deuses.
O QUE HOUVE? A Meta, de Mark Zuckerberg, anunciou a criação de um “grupo de conselheiros” composto por quatro homens (brancos cis hetero etc.) que se reunirão periodicamente para oferecer direcionamento à empresa em assuntos como IA e avanços em tecnologia.
Eles não serão pagos, o que nos leva a duas questões que julgo pertinentes:
- Qual a diferença desse “conselho” e do grupo dos bros que o Zuck tem no WhatsApp?
e - Por que isto é notícia?
O QUE MAIS? Do outro lado da cerca, na OpenAI, o antigo grupo que servia para “controlar IAs muito mais espertas que nós” foi dissolvido com a saída do co-fundador Ilya Sutskever, que o liderada.
(Talvez o “nós” se refira ao time executivo da OpenAI, o que faria mais sentido do que o “nós” enquanto a humanidade. Alguém já tentou colocar o ChatGPT no lugar de um CEO para ver no que dá? Ops, estou divagando aqui.)
Sam Altman, CEO da OpenAI, chamou a responsabilidade para si mesmo, um homem branco cis he… ah, você sabe, e se escalou para o novíssimo Comitê de Segurança e Proteção.
Junto dele, outros dois conselheiros da OpenAI — incluindo uma mulher, para variar.
OK, MAS… Note que é o mesmo Sam que em 2023 fez uma tour global alertando políticos de que a IA da empresa dele poderia causar um apocalipse e exterminar a humanidade.
Digo… se segurança fosse mesmo uma prioridade, ele poderia, sei lá, tirar o PC da OpenAI da tomada?
São mistérios que, talvez um dia, a IA nos ajude a desvendar.