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Popular plataforma de IA contém dezenas de apps de deepnudes

Núcleo encontrou no HuggingFace ao menos 20 modelos e apps que criam deepfakes sexuais sem consentimento, após denúncia no Bluesky; prática vai contra os termos de uso

Popular plataforma de IA contém dezenas de apps de deepnudes

A HuggingFace, uma popular plataforma de comunidade para compartilhamento e hospedagem de modelos de inteligência artificial, contém dezenas de aplicações que permitem a criação de deepfakes pornográficas não consensuais.

Esse tipo de repositório vai contra as política de uso da plataforma.

"EFICÁCIA". O Núcleo identificou pelo menos 20 modelos ou aplicativos na HuggingFace que permitem a criação de deepfakes sexuais sem consentimento das pessoas que podem usadas como fonte dessas imagens falsas.

Em um dos casos, a conta responsável promove uma ferramenta "focada em eficácia", oferecendo até mesmo um plano de assinatura por US$199 ao ano (cerca de R$1,2 mil).

Página de um dos modelos de deepfakes na HuggingFace. O Núcleo censurou o nome da aplicação, uma vez que pode produzir conteúdo ilegal.

Alguns dos modelos e apps receberam atualizações há pelo menos cinco meses. Outros foram recentemente, em 13.jan.2025.

A denúncia foi publicada originalmente no Bluesky.

NO PASSADO. Em jul.2024, o Núcleo revelou que usuários estavam criando materiais de exploração sexual infantil com IA por meio de um site que utilizava modelos da HuggingFace e da Stability AI, desenvolvedora do Stable Diffusion.

NÃO PODE. Nos seus termos de uso, a HuggingFace proíbe modelos, datasets e outras tecnologias que criem conteúdo sexual sem consentimento, além de deepfakes sexuais de menores de 18 anos.

Inteligência artificial é usada para criar nudes falsos de mulheres
Deep fakes são frequentemente ilegais e podem ser usadas para expor, constranger e assediar mulheres, as quais não deram consentimento para exploração de suas imagens
Texto Sofia Schurig
Edição Sérgio Spagnuolo
Sofia Schurig

Sofia Schurig

Repórter com experiência na cobertura de direitos humanos, segurança de menores e extremismo online. É também pesquisadora na SaferNet Brasil e fellow do Pulitzer Center.

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