O Brasil é o país que mais usa o ChatGPT no formato mobile (25%), superando os Estados Unidos (16%), segundo a sexta edição do Latin America Digital Report, divulgado nesta quinta-feira, 11.set.2025.
O cálculo considerou o nível de usuários ativos por esse meio com base na população total por país que usa a ferramenta. O ChatGPT tem 10% de brasileiros e 10% de estadunidenses.
A Atlas Intel, que fez o estudo em parceria com a gestora Atlantico, também entrevistou 4.898 brasileiros, entre 16 e 30.jul.2025. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos.
A maioria (48%) respondeu que não usou ferramentas de inteligência artificial nos últimos sete dias. Entre os brasileiros que disseram que usaram (42%), a principal atividade (82%) foi para buscar informação, por meio de perguntas.
Outras atividades para as quais os entrevistados informaram terem usado IA:
- Aprender novos tópicos (38%);
- Auxiliar tarefas de trabalho (28%);
- Criar um conteúdo visual (26%);
- Escrever (25%);
- Organização pessoal (18%);
- Suporte acadêmico (13%);
- Assistência de codificação (6%);
- Outros (2%).
Os brasileiros consideram que têm um conhecimento razoável (41%) sobre uso de ferramentas de inteligência artificial.
A pesquisa também questionou qual era a percepção do impacto da IA na sociedade, comparando os resultados de 2023 e deste ano.
29% dos entrevistados continua achando que o impacto é positivo. Contudo, os que acham negativo subiram de 22% para 28%. Já o posicionamento neutro aumentou de 23% para 30%, o que, para os autores, indica que os brasileiros ainda estão contidos quanto às suas expectativas.
As incertezas também se refletiram com a pergunta "você acha que a inteligência artificial vai ameaçar o seu trabalho em um futuro próximo?". De 2023 a 2025, as respostas de "não sei" foram de 14% para 35%. Já quem considerou "parcialmente ameaçado" caiu de 36% para 27%, e "muito ameaçado" de 27% para 15%.
Texto Jeniffer Mendonça
Edição Alexandre Orrico
⚠️ Texto foi reformulado às 12h34 de 12.set.2025 para esclarecer que os dados da pesquisa são referentes aos usuários brasileiros que foram entrevistados e informaram utilizar inteligência artificial. Na versão anterior, a escrita dava a impressão equivocada de que se tratava da população total do Brasil.