Depois do ataque a uma creche em Blumenau (SC) na manhã desta quarta-feira (5.abr), fotos do autor do atentado e prints de seu suposto perfil no Facebook começaram a circular rapidamente nas redes e em veículos de imprensa, levantando mais uma vez o debate sobre a ética na cobertura jornalística de casos do tipo.
Jacinda Ardern, ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, foi citada como exemplo positivo — quando houve um atentado islamofóbico no país em 2019, tanto ela quanto parte da imprensa local se negaram a dar notoriedade ao assassino.
A jornalista Bia Abramo propôs que os maiores veículos de imprensa criem regras para a cobertura desse tipo de crime, cada vez mais comum no Brasil.
A associação Jeduca, criada por jornalistas que cobrem educação, lançou recentemente um manual de boas práticas nesses moldes.
As recomendações, em síntese, são as seguintes:
- Evitar conclusões precipitadas e buscar fontes que possam analisar cada caso.
- Não publicar imagens e vídeos do agressor para não estimular a glorificação da violência.
- Acompanhar medidas tomadas pelo poder público e ouvir secretarias de educação sobre ações tomadas para lidar com conflitos no ambiente escolar.
- Preservar a identidade dos estudantes ouvidos.
- Confirmar os dados fornecidos pelas vítimas, já que memórias podem ser imprecisas.
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