O ministro do STF Alexandre de Moraes foi um dos protagonistas do noticiário durante o governo Bolsonaro. E segue sendo-o nestes primeiros dias do mandato de Lula.

Bolsonaristas, claro, não querem ver nem pintado de ouro o cocuruto lustroso de Xandão, mas, nas redes, algumas críticas ao magistrado têm partido também da esquerda. É o caso do jornalista Glenn Greenwald.

Glenn Greenwald: "Os poderes que Moraes vem exercendo são inéditos numa democracia moderna."

Ao comentar o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha, e a prisão de participantes de acampamentos golpistas, o ex-decano do STF, Marco Aurélio Mello, disse à rádio Bandeirantes que Moraes "realmente não vem contribuindo para a paz social".

Jornalistas como Aline Passos e Leandro Demori afirmam que a imprensa tem atribuído a Moraes decisões de outras instituições que foram apenas referendadas por ele, o que contribui com a narrativa de que o ministro goza de "superpoderes".

Aline Passos: "A imprensa poderia pisar no freio na exploração que faz do ministro."

Leandro Demori: "A imprensa insiste em personificar tudo em Alexandre de Moraes."

Segundo o divulgador científico Tassio Denker, essa "pessoalização" tem levado a "visões equivocadas sobre a atuação do ministro" e pode ser "um risco para a vida do ministro".

Jornalistas como Chico Pinheiro, Mônica Bergamo e Reinaldo Azevedo também discordam da tese dos "superpoderes".

Chico Pinheiro: "Não podemos costear o alambrado."

Mônica Bergamo: "Suprema Corte tem respaldado as decisões do ministro."

Reinaldo Azevedo: "Tese de 'superpoderes é coisa de idiotas ou de vigaristas."

Por fim, o professor de economia Elias Khali Jabbour vê em Alexandre de Moares um "paradoxo brasileiro", já que, apesar de hoje ser demonizado principalmente pela direita, Alexandre Moraes está muito longe de ser progressista.

É só lembrar que, quando era ministro da Justiça de Michel Temer (presidente que mais tarde o indicou para o STF), Moraes foi ao Paraguai para destruir pés de maconha furiosamente com um facão.

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