O deputado estadual Renato Freitas (PT-PR) foi alvo de uma "inspeção aleatória" pela Polícia Federal dentro de um avião no aeroporto de Foz do Iguaçu (PR) nesta quarta-feira (10.mai). Ele alega ter sido vítima de racismo.
@renatofreitasumdenos TOMEI GERAL DA PF DENTRO DO AVIÃO! Hoje estou voando para Londrina, e semana que vem para o Rio de Janeiro. Espero que, ao contrário desse sorteio no Aeroporto de Foz do Iguaçu, eu não seja escolhido aleatoriamente de novo, kkkkk Mega-Sena que é bom nada, só sorteio ruim kkkk Tamo junto família, o lar do passarinho é o ar e não o ninho 💥🛫 #renatofreitas #umdenos #racismneedstostop ♬ som original - renatofreitas
Figuras do campo progressista, como o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-RJ) e os jornalistas William De Lucca e Chico Pinheiro, manifestaram solidariedade ao deputado nas redes.
Absurdo! Mais um caso de racismo em vôo no Brasil! Toda solidariedade @Renatoafjr. pic.twitter.com/QOI9836bLX
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) May 10, 2023
Eu sinceramente nunca tinha ouvido falar em REVISTA ALEATÓRIA no meio do voo. Já ouvi falar em revista no embarque, em revista no saguão, mas quando todo mundo já está no avião, de forma “aleatória” é novo. Coincidentemente, foi com o deputado @Renatoafjr.pic.twitter.com/DikQuVFKg8
— William De Lucca (@delucca) May 10, 2023
Dá para imaginar a mesma inspeção “aleatória” num empresário engravatado, louro e de olhos azuis? Ou será só racismo, comportamento moldado nas polícias bolsonaristas? Que país é esse? Será resquício da “república de Curitiba”? @Renatoafjr tem meu respeito e total solidariedade . https://t.co/FTsZspxbOQ
— Chico Pinheiro (@chico_pinheiro) May 11, 2023
O jurista Pedro Estevam Serrano afirmou que revistas de passageiros embarcados só devem ser feitas quando há suspeita de crime.
A revista em passageiro embarcado só existe com suspeita de crime. O que houve com @Renatoafjr tem nome, chama racismo . O governo não pode deixar sem apuração essa conduta da PF
— Pedro E. Serrano (@pedro_serrano1) May 11, 2023
Em nota, a PF disse que fez a inspeção no avião porque o deputado se recusou a passar por ela no aeroporto (então a abordagem não foi aleatória?):
"Este teria se recusado a passar pelo procedimento no local indicado [no aeroporto] e se dirigido diretamente até a aeronave. Dessa forma, a equipe de inspeção do aeroporto acionou a PF para que a acompanhasse até o avião e procedesse à inspeção devida."
Renato nega que tenha se recusado a passar pelo procedimento no aeroporto. A Polícia Federal diz ainda na nota que "eventuais abusos ou falhas na condução do procedimento serão devidamente apurados".
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