Em meados de maio, o cantor sertanejo Zé Neto, da dupla Zé Neto e Cristiano, disse num show que não depende da Lei Rouanet e que não precisa tatuar o "toba".

A segunda parte da fala é uma referência à Anitta, que fez uma tatuagem no ânus em 2021. Só não deu para entender a quem o Zé Neto, apoiador do Bolsonaro, estava se referindo quando falou da Lei Rouanet. Em outras palavras: não ficou muito claro o que o cu tinha a ver com as calças.

As declarações bombaram nas redes bolsonaristas, mas acabaram jogando luz em outra questão relacionada: cantores sertanejos que podem até não usar a Lei Rouanet, mas que recebem cachês altíssimos de pequenas prefeituras pelo Brasil (ou seja, dinheiro público).

O caso mais emblemático foi o do show do Gusttavo Lima que custaria R$ 1,2 milhão para a prefeitura de Conceição do Mato Dentro, cidade mineira com 8 mil habitantes.

Depois da polêmica, o evento acabou sendo cancelado.

Mas o contrato previa multa de R$ 600 mil para o Gusttavo Lima.

Que, no fim das contas, não vai ser paga.

Segundo o jornalista Fernando Oliveira, o Fefito, alguns sertanejos estão irritados com o Zé Neto: "Isso porque as declarações de Zé Neto abriram uma 'caixa de Pandora'. De tanto falar da Lei Rouanet, agora revelou-se que boa parte dos shows realizados pelo Brasil teriam sido pagos com dinheiro público, muitas vezes sem licitação."

Os twitteiros, claro, ficaram fascinados com a cadeia de eventos que começou com a tatuagem da Anitta e terminou com um escândalo que está sendo chamado de CPI do Sertanejo.

O meme do dominó veio extremamente a calhar.

E a própria Anitta apareceu para referendar o troço todo.

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