O Ministério da Defesa negou a abertura, via Lei de Acesso à Informação (LAI), de relatórios de monitoramento de redes sociais produzidos pela pasta entre out.22 e jan.23.
No período, quartéis do país inteiro sediaram acampamentos golpistas que serviram para mobilizar os invasores responsáveis pelos atentados de 8 de janeiro em Brasília. Parte dessa mobilização também aconteceu nas redes sociais com pedidos de golpe militar direcionados às Forças Armadas.
"NARRATIVAS MAL-INTENCIONADAS". Em sua negativa ao pedido de LAI, a pasta repetiu argumentos já usados ano passado pelo governo Bolsonaro para indeferir a abertura desse mesmo tipo de relatório ao Intercept.
A Defesa alegou que liberar o material poderia torná-lo "instrumento de narrativas mal-intencionadas e vazias de boa-fé, induzindo julgamento impróprio e prejudicial ao ministério".
Segundo o ministério, esses relatórios apresentam "análise de cenário, assuntos em destaque, perfis com maior capacidade de projeção, curvas de tendência e achados de suporte, tudo concernente ao Ministério da Defesa (MD), com especial atenção à saúde da marca e à melhor gestão da imagem institucional".
Além disso, a pasta também empilhou justificativas para não fornecer os relatórios. Falou em sigilo comercial, sigilo de dados pessoais, trabalho adicional para tratar essas informações, entre outras razões. A reportagem irá recorrer.
Leia a íntegra do pedido de LAI com a negativa da pasta:
Repórter do Núcleo. Já escreveu para Estadão, Intercept Brasil, Matinal, Veja Saúde e Zero Hora. Interessado em jornalismo investigativo com foco em ciência, saúde, meio ambiente e tecnologia.
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