Pular para o conteúdo

Com nova regra, governo pode ocultar monitoramento de redes sociais

Portaria de nov.2023 diz que o governo federal não precisa mais disponibilizar publicamente registros e informes que se destinem a "reflexões e discussões internas"

Com nova regra, governo pode ocultar monitoramento de redes sociais

Relatórios de monitoramento de redes sociais produzidos pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República não precisam mais ser disponibilizados ao público, informou a SECOM ao Núcleo em resposta obtida via Lei de Acesso à Informação.

POR QUÊ? Uma portaria publicada em 20.nov.2023 definiu que o governo federal não precisa mais armazenar ou disponibilizar registros e informes que se destinem a "reflexões e discussões internas", nem mediante pedidos de LAI.

DE OLHOS NAS REDES. Desde o início do governo Lula, a SECOM conta com um "Departamento de Monitoramento e Pesquisas", que fica de olho e avalia o impacto e percepção da sociedade sobre a atuação e as políticas do Executivo Federal.

De acordo com o órgão, o monitoramento é feito em tempo real e "temas mais mencionados nas redes e os que tiverem maior alcance e engajamento 'em termos de volume' são colhidos e analisados, sem, necessariamente, a produção de relatório, seja físico ou digital".

A SECOM informou que uma empresa chamada BR+ faz esse monitoramento, "por meio de softwares de busca comuns no mercado e equipes de analistas", mas não deu mais detalhes.

Sob Lula, SECOM aumenta em 40% gastos com anúncios na internet em 2023
Aumento foi impulsionado por um avanço de quase 5 vezes nos gastos com TikTok no ano
Reportagem Pedro Nakamura
Edição Sérgio Spagnuolo

Conheça quem liderou essa pauta

Pedro Nakamura

Pedro Nakamura

Repórter do Núcleo. Já escreveu para Estadão, Intercept Brasil, Matinal, Veja Saúde e Zero Hora. Interessado em jornalismo investigativo com foco em ciência, saúde, meio ambiente e tecnologia.

Todos os artigos

Mais em Jogo Rápido

Ver tudo

Mais de Pedro Nakamura

Ver tudo
Como o Kwai virou um amontoado de conteúdo pirata

Como o Kwai virou um amontoado de conteúdo pirata