O Facebook anunciou um fundo de US$ 50 milhões para investir em iniciativas do “metaverso”. O dinheiro será gasto ao longo de dois anos em “programas e pesquisa externa para nos ajudar nesse esforço”. Esse valor representa 0,03% da receita do Facebook nos anos de 2019 e 2020 somados.
No anúncio, assinado por Andrew Bosworth, vice-presidente do laboratório de realidades do Facebook, e Nick Clegg, vice-presidente de assuntos globais, mais uma vez o Facebook tenta explicar o que é esse tal de metaverso:
“Um conjunto de espaços virtuais onde você pode criar e explorar com outras pessoas que não estão no mesmo espaço físico que você”.
E também o que ele não é:
“[…] não é um produto único que uma empresa possa criar sozinha. Assim como a internet, o metaverso existe esteja o Facebook lá ou não.”
Por que o Facebook deveria estar envolvido ou liderando isso é uma pergunta que fica no ar.
Andrew e Nick ainda dizem que o Facebook está criando o metaverso “com responsabilidade”, o que, a julgar pelo histórico desastroso da empresa neste universo, é uma afirmação no mínimo difícil de confiar neste momento.
[Opinião do autor]: Alguém mais cínico poderia dizer que toda essa história de metaverso é mero diversionismo para tirar o foco dos escândalos em série em que o Facebook está envolvido desde 2016 e aliviar a pressão em Mark Zuckerberg e Sheryl Sandberg. Talvez seja isso mesmo – se for e der certo, vai sair barato.
Via Facebook (em inglês).
Conversa aberta