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No dia 29 de novembro a revista Rolling Stones noticiou as estratégias que o FBI utiliza para acessar legalmente dados dos principais aplicativos de mensagens, baseada em documento obtido pela ONG Property of the People.
A notícia repercutiu no Brasil, porém com algumas imprecisões apontadas na tradução da notícia. O Núcleo viu o documento original preparado pelo Setor de Ciência e Tecnologia do FBI que baseou a notícia da Rolling Stones e constatou que se trata de um resumo dos dados que 9 aplicativos de comunicação fornecem quando judicialmente exigidos.
O WhatsApp é o único dos 9 que retorna dados em tempo real, ponto que é detalhado na reportagem da Rolling Stones. Telegram e Signal são os aplicativos que retornam menos informações para o órgão – no caso do Telegram não fica claro se isso acontece por conta da arquitetura do aplicativo ou de negar cooperação com autoridades (o Telegram é uma empresa fundada por russos e com sede em Dubai).
Assim como com o aplicativo russo, o FBI tem dificuldades em obter alguns dados do WeChat, desenvolvido na China, que tem políticas de retorno de dados diferentes para contas criadas dentro e fora da China. A empresa não fornece nome, número de telefone e IP de contas chinesas para o órgão.
Um asterisco importante no documento aponta que os dados de mensagens possíveis de serem recuperados pelo WhatsApp são “limitados”, ao passo que para Signal e Telegram são explícitos em dizer que não conseguem as mensagens. Os três aplicativos usam técnicas semelhantes de criptografia de ponta-a-ponta.
O FBI consegue exigir a entrega legal de dados da iCloud de usuários de iPhone e, caso o usuário utilize o backup automatizado de mensagens do WhatsApp, elas são armazenadas de forma insegura no iCloud. Isso permite que a agência consiga o conteúdo das mensagens, dados que a Meta (Ex-Facebook, desenvolvedora do WhatsApp) não possui.