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No final da década de 2000, o Tumblr desfrutava de um status similar ao que o TikTok tem hoje (ainda que numa escala exponencialmente menor): era o destino virtual descolado onde os jovens se encontravam. Mas deu azar ao ser comprado pelo Yahoo por US$ 1,1 bilhão em 2013.

A empresa era uma espécie de abatedouro de serviços digitais promissores (Flickr e Delicious foram outros obliterados após serem adquiridos).

Lá, o Tumblr caiu no ostracismo e perdeu um dos seus trunfos -- a permissividade com conteúdo pornográfico leve -- numa tentativa frustrada de atrair anunciantes e aquiescer ao moralismo da Apple na App Store.

Após idas e vindas, o Tumblr acabou no colo da Automattic, o braço comercial dos criadores do WordPress. Foi comprado em agosto de 2019 por menos de US$ 3 milhões, uma desvalorização 99,7% em relação ao valor pago pelo Yahoo seis anos antes. E estacionou ali.

Curiosamente, é justamente essa "parada no tempo" que tornou a plataforma atraente hoje, segundo esta matéria de Kyle Chayka na New Yorker.

De acordo com Jeff D’Onofrio, CEO do Tumblr, 48% dos usuários ativos e 61% dos novos usuários são da faixa etária que os norte-americanos classificam como geração Z, ou seja, gente jovem, o filé mignon da publicidade.

O que os atrai, aparentemente, são linhas do tempo cronológicas e livres do conteúdo incendiário e opressivo “good vibes” que domina as outras mais populares.

Aos não iniciados, o Tumblr é uma espécie de blog misturado com rede social. Tem uma face pública com visual de blog, mas permite que os usuários sigam uns aos outros, curtam e repostem o conteúdo. Tudo isso por um painel/feed que tem cara de rede social.

A dinâmica de postagem é mais livre que em lugares como o Twitter — o Tumblr oferece seis formatos de posts, por exemplo. O serviço é gratuito.

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