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A Meta começou a veicular nesta quinta-feira (3.mar) uma campanha publicitária com anúncios de página inteira nos maiores jornais do Brasil para alertar sobre o que chamou de "consequências negativas" do projeto de lei 2.630/2020, conhecido como PL das Fake News.

O anúncio é concentrado nos afeitos sobre pequenos negócios que "usam publicidade online para vender mais e gerar empregos".

"O PL das Fake News deveria combater fake news. E não a lanchonete do seu bairro", diz o destaque do anúncio.

Em seguida, o texto apresenta uma série de dados aleatórios sobre pequenas e médias empresas. O anúncio não entra em detalhes sobre quais seriam as consequências negativas.

Exemplo de anúncio de página inteira 

Segundo o jornalista Alexandre Aragão (colaborador do Núcleo), o anúncio faz referência às limitações que o PL traria ao impulsionamento de conteúdo publicitário nas plataformas da Meta, como Facebook, Instagram e WhatsApp.

O IAB Brasil, entidade que integra uma rede internacional que representa a publicidade digital, também está realizando uma campanha com abaixo-assinado almejando uma revisão do texto do PL para mitigar os riscos à publicidade digital.

Em entrevista ao Jota, o diretor de políticas públicas do WhatsApp explicou que um dos artigos do texto atual do PL, que visa combater conversas em grande escala, pode limitar e levar a confusão sobre o uso do WhatsApp Business por pequenos empresários.  

A posição da Meta e de outras big techs sobre o PL 2.630 já é amplamente conhecida. Em carta conjunta publicada na semana passada, grandes empresas de tecnologia – incluindo Google, Twitter e Mercado Livre – criticaram o texto em seu modelo atual por pouco focar no combate à desinformação.

Texto Laís Martins
Edição Sérgio Spagnuolo
MetaFacebookWhatsAppGoogleTwitter/XMercado Livre
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