Funcionários ao redor dos EUA estão construindo um movimento de sindicalização na indústria de tecnologia. Agora, trabalhadores da Apple aderem ao movimento.
O QUE ACONTECEU: 65% dos funcionários Apple em Maryland votaram pela criação do primeiro sindicato da empresa nos EUA.
Em vídeo, trabalhadores pediram melhores salários e equipamentos de proteção a COVID-19. No momento, os EUA passam por um aumento dos casos da doença, com mais de 100 mil casos ativos.
No mês passado, a Vice reportou um memorando interno vazado onde a Apple passava pontos de discussão anti-sindicais aos seus gerentes de loja.
O presidente dos EUA, Joe Biden, parabenizou os funcionários pela sindicalização. “Estou orgulhoso deles”, disse. “Os trabalhadores têm o direito de determinar em que condições eles vão ou não trabalhar”.
AMAZON: Em abril, funcionários da Amazon em Staten Island, Nova Iorque, foram os primeiros a formar um sindicato. Para alterações em salários ou condições de trabalho em armazéns, escritórios e centros de dados, a empresa terá que negociar com a liderança sindical.
A empresa usou uma série de táticas para impedir a sindicalização. Uma delas foi a obrigatoriedade de palestras anti-sindicato.
Após a decisão, a Amazon demitiu vários funcionários que participaram do processo de sindicalização ou demonstraram apoio, incluindo seis gerentes sêniores.
Em comunicado, a empresa disse estar “desapontada” com o resultado. “Acreditamos que ter um relacionamento direto com a empresa é o melhor para nossos funcionários”.
DECISÃO É FAVORÁVEL: Uma pesquisa do site Protocol mostrou que ao menos 50% da indústria quer a sindicalização.
Funcionários e terceirizados da Alphabet (Google) foram os primeiros a ter sindicalização, após três anos de manifestações e conversas com a administração da empresa.
- Em janeiro, foi reportado através de um documento interno que o Google criou o Projeto Vivian durante protestos de funcionários em 2018.
- No documento, o diretor de direitos trabalhistas do Google Michael Pfyl diz que a missão do projeto é “envolver mais positivamente os funcionários e convencê-los de que os sindicatos não prestam (sic)”.
A Microsoft foi a primeira empresa a prestar apoio aos funcionários na sindicalização. A empresa também assinou um acordo prometendo neutralidade sobre o tema. Trabalhadores de um centro em Staten Island, Nova Iorque, votaram a favor da sindicalização em maio.
Conversa aberta