A quarta fase da Operação 404, deflagrada nesta terça (21.jun) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e as polícias civis de 11 estados, entrou para os anais da história: nela foi feita a primeira busca e apreensão no metaverso do Brasil.
COMO É? O objetivo da operação, iniciada em 2019, é coibir a pirataria. A última fase resultou em 700 sites e aplicativos de streaming e 461 de música bloqueados. Parabéns, polícias!
O que mais chamou a atenção, porém, foi o cumprimento de um mandado de apreensão no metaverso.
Alessandro Barreto, coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), disse que mapas e eventos eram criados no metaverso como forma de promover as plataformas piratas e atrair usuários.
NÃO, SÉRIO: COMO É? Infelizmente, as notícias da Agência Brasil e de outros veículos não detalham esse mandado. Em que metaverso ele foi cumprido? Algum avatar foi preso? E o dono do avatar? Qual a responsabilidade da plataforma onde o crime ocorreu?
O repórter Lucas Negrisoli, do jornal mineiro O Tempo, disse no Twitter que há dias tenta obter mais detalhes junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Só que está difícil:
“Ninguém soube explicar, até agora, o que diabos é um mandado cumprido no metaverso. Assessoria da pasta chegou a me mandar — literalmente — a definição de metaverso da Wikipédia”, desabafou.
O repórter segue aguardando “para ver se isso faz ALGUM sentido”. Nós também, Lucas.
Ninguém soube explicar, até agora, o que diabos é um mandado cumprido no metaverso. Assessoria da pasta chegou a me mandar – literalmente – a definição de metaverso da Wikipédia
— Negrisoli (@lucasnegrisoli) June 22, 2022
Sigo aguardando para ver se isso faz ALGUM sentido https://t.co/TanxA7pEWL
