Depois da repentina investida do Partido Liberal (PL), atual legenda do presidente Jair Bolsonaro e pela qual ele concorrerá à reeleição, em anúncios no Google na semana passada, o Partido dos Trabalhadores (PT) também deu um gás em sua campanha na plataforma.

RANKING. Segundo dados da plataforma de transparência de anúncios políticos do Google, de 1º.jul.22 a 1º.ago.22, o PL foi o partido que mais gastou - R$801 mil
com 16 anúncios.
Em segundo lugar, aparece o PT. Foram R$191 mil
em 25 anúncios com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à Presidência.
O vídeo mais exibido do PL chegou a ser mostrado mais de 10 milhões de vezes pelo Google e custou entre R$80 mil e R$90 mil. Já a propaganda mais exibida do PT foi mostrada aproximadamente 4,5 milhões de vezes e custou entre R$50 mil e R$60 mil.

CONTEXTO. Somente entre sábado (23.jul.22) e domingo (24.jul.22) – data da convenção partidária que oficializou a candidatura à reeleição de Bolsonaro – o PL gastou mais de R$700 mil com o impulsionamento de anúncios em vídeo do presidente no YouTube e no Google.
A Federação Brasil da Esperança, que inclui o PT, PCdoB (Partido Comunista do Brasil) e PV (Partido Verde), entrou com uma ação na Justiça Eleitoral alegando que "a veiculação dos vídeos em todas as unidades da federação teria alcançado mais de 81 milhões de visualizações no período de 72 horas, situação que configura violações às regras de propaganda no período da pré-campanha, dada a inobservância do dever de moderação de gastos com impulsionamento previsto na legislação eleitoral".
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Edson Fachin, pediu para o PL se explicar e para que a Procuradoria-Geral Eleitoral também se manifeste sobre o caso.