Em sua decisão de 32 páginas que autorizou diligências contra empresários que defenderam golpe de Estado em caso de uma possível vitória de Lula à Presidência nas eleições de 2022, o ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes, citou o termo redes sociais 21
vezes.
Foram dois contextos principais de menções: explicar como as redes estavam sendo usadas para "lesar ou expor" o Judiciário e a democracia, e para intimar as empresas a cumprirem as determinações – por isso o grande número de menções.
Dentre as diligências autorizadas por Moraes na decisão de terça-feira passada (23.ago.2022), estavam o fornecimento de informações cadastrais e dados de acesso e bloqueio das redes sociais de alguns dos investigados.
"Assim, se torna necessária, adequada e urgente a interrupção de eventual propagação dos discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática mediante bloqueio de contas em redes sociais (Facebook, Twitter, Telegram e Instagram) dos investigados", escreveu Moraes.
Alexandre de Moraes solicitou a Google e Apple todo histórico de dados de empresários
CONTEXTO. Na terça-feira passada, (23.ago.22) o bloqueio das redes sociais de empresários que defenderam um golpe de Estado caso Bolsonaro não seja reeleito no pleito de outubro. A troca de mensagens foi revelada em reportagem de Guilherme Amado no Metrópoles.
Já na quarta-feira, Hang teve suas contas bloqueadas pela Meta e TikTok e na quinta-feira, pelo Twitter e Youtube.
A decisão de Moraes, assim como demais documentos ligados à operação que mirou os empresários bolsonaristas, só foi tornada pública pelo Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira, 29.ago.2022.