Um tiroteio em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, próximo ao local que o canditato ao governo do estado Tarcísio de Freitas (Republicanos) fazia uma visita, nesta segunda-feira (17.out) por volta do meio-dia, causou uma onda de conspirações nos canais bolsonaristas no Telegram.
Monitoramento do Núcleo em +200 grupos bolsonaristas na plataforma registrou 943 mil
visualizações mensuráveis (é possível medir alcance de mensagens em canais, mas não em grupos) e 284
mensagens em menos de 6 horas que mencionavam que o candidato teria sofrido um atentado.
Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, o próprio Tarcísio afirmou que não sofreu um atentado político.
No entanto, logo após o tiroteio, Tarcísio postou em sua conta do Twitter que havia sofrido um "ataque".
O post sobre o assunto nas redes do candidato ficou entre os três mais populares do dia, segundo o monitoramento do Political Pulse BR, ferramenta de monitoramento das redes sociais de políticos do Núcleo.
Mensagem do coordenador de comunicação da campanha de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição, Fábio Wajngarten, falando em "atentado ao Tarcísio" foi replicada nos grupos de direita no Telegram.
O ministro das Comunicações, Fabio Faria (PP), postou sobre uma "luta do bem contra o mal" e "revolta dos criminosos" com o presidente. Tarcísio é o candidato apoiado por Bolsonaro em São Paulo. O tweet foi deletado, mas registrado pelo Political Pulse BR.
Suspeitas. De acordo com reportagem do UOL, policiais que atuam no setor de inteligência da corporação e oficiais com experiência de atuação em Paraisópolis, possuem duas suspeitas sobre o início do tiroteio.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, general João Camilo Pires de Campos, afirmou que "é prematura a conclusão de que se tratou de um atentado à campanha de Tarcísio de Freitas".
Um homem que estava em uma moto na região foi morto.
Edição Sérgio Spagnuolo