Grupos para organização de paralisações ao redor do Brasil cresciam rapidamente na manhã desta segunda-feira (31.out.2022), após a vitória do ex-presidente Lula na corrida presidencial.
Desde 2.out até 30.out, monitoramento do Núcleo contabilizou apenas 315 menções ao termo "paralisação" em 141 grupos de direita monitorados, mas a narrativa começou a ganhar força na manhã desta segunda-feira por conta dos bloqueios feitos por caminhoneiros vários estados.
Criados hoje, alguns dos grupos ganharam milhares de membros em poucas horas. O de São Paulo já reunia mais de 10 mil membros, do RJ tinha 4,1 mil pessoas e outros seguiam crescendo a cada minuto.
Dentro desses grupos, que estão divididos por Estado, surgiam subgrupos para cada região ou cidade. As conversas dentro dos canais estão desordenadas, com usuários falando sobre fraude nas urnas, tentando atribuir uma culpa pela derrota de Bolsonaro ou tentando organizar paralisações em diferentes locais.
A reportagem identificou grupos para paralisação nos seguintes estados:
- Acre
- Alagoas
- Amapá
- Bahia
- Espírito Santo
- Goiás
- Maranhão
- Mato Grosso
- Mato Grosso do Sul
- Minas Gerais
- Pará
- Paraná
- Paraíba
- Pernambuco
- Piauí
- Rio de Janeiro
- Rio Grande do Sul
- São Paulo
Esta reportagem foi feita numa colaboração entre Agência Pública, Aos Fatos e Núcleo Jornalismo para a cobertura das eleições de 2022. A republicação só é permitida com a atribuição de crédito para todas as organizações.
Texto atualizado às 10h44 de 31.out para incluir mais Estados na lista.
