O Mastodon, rede social descentralizada e de código aberto, registrou um pico de mais de 70 mil novos cadastros no último sábado (29.out.22).
O QUE HOUVE? Após a confirmação da compra do Twitter por Elon Musk, uma onda de usuários correu para o Mastodon.
Em seu perfil lá, Eugen Rochko, fundador do serviço, disse que 70.849
novas contas foram criadas em múltiplas instâncias no sábado.
O número é baixo comparado ao Twitter, que tem 240 milhões
de usuários ativos que acessam a plataforma diariamente, mas foi um salto considerável para o Mastodon.
Ao longo de 2022, o Mastodon teve picos de interesse motivados pelos desdobramentos da novela Twitter/Musk.
CONSEQUÊNCIAS. Rochko teve que incrementar a infraestrutura do mastodon.social, a principal instância do Mastodon, para dar conta da demanda e isso exauriu o desenvolvedor:
“Os últimos dias cobraram um preço alto de mim. Embora seja ótimo ver seu trabalho finalmente sendo levado a sério no mainstream, as jornadas de 12–14 horas diárias de trabalho que tive que fazer para dar conta de tudo foram…”
Depois, ele fez uma rara reclamação do trabalho que tem, que se desdobra em múltiplas áreas de atuação, e o que recebe por isso. Segundo Rochko, cerca de US$ 36 mil por ano.
GLOSSÁRIO. Ao contrário do Twitter, que é centralizado e controlado por uma empresa (e, agora, uma pessoa), o Mastodon tem o código aberto e trabalha com o conceito de instâncias (servidores) distintos que se comunicam entre si — tipo o e-mail.
Qualquer um pode pegar o código do Mastodon e instalá-lo em um servidor para usar sozinho ou abrir o cadastro para amigos ou mesmo ao público.
As instâncias podem se conectar com as demais, quando se tornam federadas.
Para entender melhor o Mastodon, leia esta reportagem do Manual do Usuário. Para uma visão comparativa ao Twitter, esta outra.
Via @[email protected] (2) (3) (em inglês).