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A Meta está sendo processada por permitir postagens violentas que alegadamente agravaram a guerra civil na Etiópia. O processo está sendo movido no Quênia por dois pesquisadores etíopes e o Instituto Katiba, um grupo de direitos humanos.

A informação é da agência Reuters.

A empresa, dona de Facebook, Instagram e WhatsApp, tem sido há anos acusada de negligenciar moderação em países que não falam inglês, permitindo posts violentos em países como na Índia, em Myanmar e até no Brasil, entre outros.

PRINCIPAIS PONTOS. Os principais pontos da ação afirmam que:

  • O sistema de recomendação do Facebook amplificou postagens violentas na Etiópia, mesmo que violassem políticas de comunidade;
  • A Meta não treinou seu algoritmo para moderar corretamente o conteúdo;
  • A empresa falhou na contratação da equipe de moderação regional, baseada em Nairóbi, Quênia, que também não moderou o conteúdo.

Segundo a Reuters, o pai de um dos pesquisadores foi assassinado um mês após receber postagens no Facebook contendo insultos xenofóbicos, ameaças de morte e doxxing. Ele denunciou as publicações, mas elas não foram totalmente removidas.

DEMANDAS. A ação pede que a Meta tome medidas de emergência para conter conteúdo violento na Etiópia, aumente a equipe de moderação em Nairóbi e crie um fundo de U$2 bilhões para vítimas globais de violência incitada via Facebook.

O QUE DIZ A META. Um porta-voz da Meta disse à Reuters que discurso de ódio e incitação a violência são contra as políticas de comunidade do Facebook e Instagram. Ele também afirmou que a empresa contrata pessoas locais para facilitar a moderação.

META JÁ FOI ALERTADA. Em 2021, o Comitê de Supervisão da Meta recomendou que a empresa analisasse como o Facebook e Instagram são usados para amplificar publicações violentas na Etiópia.

“A Meta tem consciência, há muito tempo, de que suas plataformas são usadas para disseminar discurso de ódio e incitar violência em conflitos”, afirmou o conselho.

Via Tilt/Reuters

Edição Sérgio Spagnuolo
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