Em resposta ao perfil do gato Pépito, um robô que posta toda vez que Pépito entra e sai de casa, Elon Musk definiu uma exceção à cobrança da API do Twitter.
O QUE HOUVE? O perfil disse, num debate envolvendo Musk, que a cobrança inviabilizaria sua continuidade. “Pépito é parte da história do Twitter, ele publica conteúdo de qualidade com grande engajamento”, justificou.
Musk, então, abriu uma exceção:
Em resposta ao feedback, Twitter terá uma API leve, somente escrita para robôs que ofereçam bom conteúdo que será gratuita.
https://twitter.com/elonmusk/status/1622082025166442505
OK, MAS… A exemplo de outras decisões intempestivas e divulgadas de modo atabalhoado, a última de Musk deixa muitas dúvidas.
O que seria “bom conteúdo”? O TechCrunch traz um bom exemplo dessa dificuldade: o @BigTechAlert, que segue e informa quem os CEOs de empresas de tecnologia seguem ou deixam de seguir, é bom? Ruim?
Outro problema é o impacto negativo que os desmandos de Musk causam na comunidade de desenvolvedores. Quem apostaria na criação de robôs para uma plataforma tão instável quanto o Twitter?
CONTEXTO. Na quinta (2.fev), o Twitter anunciou que a API gratuita do Twitter, usada por milhares de aplicativos e serviços, será encerrada dia 9.fev.
A notícia pegou muita gente de surpresa e gerou ondas de críticas — deste Núcleo também.
OUTROS BOTS. Em paralelo, Musk continua derrubando serviços conectados à API que supostamente ameaçam a geração de receita do Twitter.
O Movetodon, um serviço que ajuda novos usuários do Mastodon a encontrar perfis que seguia no Twitter (falamos dele aqui), perdeu acesso à API do Twitter.
Tibor Martini, criador do Movetodon, disse no sábado (4.fev) que o Twitter avisou que seu serviço teria violado as regras e políticas do Twitter”, sem especificar quais.
Via @elonmusk/Twitter, TechCrunch, TechDirt (todos em inglês).
