Partes do código-fonte do Twitter estavam disponíveis publicamente no GitHub.
Na sexta-feira (24.mar.2023), o GitHub (de propriedade da Microsoft) acatou um pedido formal do Twitter e removeu o código dos seus servidores.
O QUE HOUVE? O código-fonte é a “receita de bolo” para o funcionamento do Twitter. Empresas comerciais, em regra, mantêm o código guardado a sete chaves.
O vazamento foi feito por um anônimo, inscrito no GitHub com o pseudônimo “FreeSpeechEnthusiast” (“entusiasta da liberdade de expressão”, em tradução livre), uma óbvia provocação a Elon Musk, que se diz um “absolutista da liberdade de expressão”.
Agora, o Twitter quer saber o responsável pelo vazamento e quem teve acesso ao código disponibilizado no GitHub. Aparentemente, o código ficou disponível lá por meses.
Segundo duas fontes a par das investigações que falaram ao New York Times, executivos do Twitter só ficaram sabendo do vazamento há poucos dias.
CONTEXTO. Suspeita-se que o vazamento tenha sido obra de uma das milhares de pessoas demitidas por Musk desde que ele assumiu a empresa, no final de outubro de 2022.
Cerca de 75% dos 7,5 mil funcionários do Twitter à época foram demitidos ou pediram demissão.
A liberação repentina de trechos do código-fonte do Twitter pode facilitar a descoberta de falhas que, por sua vez, podem ser exploradas por hackers.
O problema é mais um que se soma à longa lista dos criados na era Musk.
Mais da metade dos maiores anunciantes, responsáveis pela maior fonte de receita do Twitter, abandonou a plataforma.
Também na sexta, Musk disse a funcionários do Twitter que a empresa valeria US$ 20 bilhões, menos da metade do valor pago por ele (US$ 44 bilhões).
O executivo afirmou ao NYT que “acredita” que o Twitter poderá valer US$ 250 bilhões no futuro. Acredite quem quiser.
Via New York Times, TorrentFreak (ambos em inglês).