Pesquisadores que não pagaram API do Twitter terão que excluir dados

Contratos assinados por acadêmicos estabeleciam que o Twitter podia requisitar que os dados fossem apagados a qualquer momento, mas ninguém achou que isso iria acontecer

Pesquisadores que coletam dados pelo Twitter agora têm um prazo para apagar os dados obtidos por usos anteriores da API, a menos que aceitem a nova taxa mensal de 42 mil dólares.

Por anos, acadêmicos puderam ter acesso a 10% de todos os tweets da plataforma usando um serviço chamado decahouse, que simplificava a análise de dados puxados pela API do Twitter, por algumas centenas de dólares.

Já o novo contrato, além de ser estupidamente caro, dá acesso a apenas 0.3% dos tweets na plataforma.

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O QUE SÃO APIS? Em poucas palavras, APIs são recursos fornecidos por plataformas digitais (ou por qualquer empresa que tenha produtos digitais) para automatizar o uso da ferramenta por terceiros, inclusive com o fornecimento de dados estruturados para monitoramentos.

O QUE ROLOU? Pesquisadores que se recusaram a pagar pela API estão recebendo e-mails afirmando que, aqueles que não assinarem os novos contratos, “precisarão eliminar todos os dados do Twitter armazenados e armazenados em cache em seus sistemas”.

Aparentemente, os contratos originais assinados entre o Twitter e acadêmicos estabeleciam que a empresa poderia requisitar que os dados fossem apagados a qualquer momento.

Devido à postura anteriormente transparente e amigável da antiga gestão da plataforma em relação aos acadêmicos, estes não acreditavam que os contratos seriam encerrados ou que a empresa exigiria a exclusão dos dados.

Uma das possíveis explicações é que Musk está preocupado de que outras empresas usem os dados da plataforma para treinar grandes modelos de linguagem de inteligência artificial, especialmente das redes sociais concorrentes, como a Meta.

Via i.news (em inglês)

Texto Sofia Schurig
Edição Alexandre Orrico

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