OpenAI teme que ChatGPT seja usado para reconhecimento facial

O aplicativo de testes do modelo multimodal GPT-4, da OpenAI, recentemente deixou de fornecer informações sobre os rostos das pessoas

Quando a OpenAI anunciou o lançamento do modelo GPT-4, ele ganhou destaque por sua capacidade multimodal de interpretar imagens e textos simultaneamente. Essa versão do chatbot é capaz de descrever o conteúdo de imagens, responder perguntas sobre elas e até mesmo reconhecer rostos famosos.

A expectativa da empresa é que essa versão do GPT seja uma valiosa ferramenta de acessibilidade para pessoas com deficiência visual, atuando como um assistente visual para auxiliar em atividades diárias, como receitas e consertos, entre outros.

TÁ, E? Atualmente, a empresa desenvolve uma versão avançada do ChatGPT com análise visual em fase de testes. Alguns usuários receberam acesso antecipado por meio do Be My Eyes, uma startup parceira da OpenAI que conecta pessoas cegas a voluntários, oferecendo suporte acessível a clientes corporativos.

No entanto, segundo o New York Times, a empresa tem demonstrado preocupação em relação ao risco de a ferramenta ser utilizada para reconhecimento facial ou para fazer avaliações inadequadas, como gênero ou estado emocional das pessoas.

Recentemente, o aplicativo parou de dar informações aos usuários sobre os rostos das pessoas, dizendo que elas haviam sido ofuscadas por razões de privacidade.

VALE DIZER. Se a tecnologia de reconhecimento facial do GPT-4 avançar sem os devidos cuidados, existe a possibilidade de seu uso prejudicial. A tecnologia, por exemplo, poderia ser usada para identificar e perseguir pessoas com base em sua aparência, colocando indivíduos em risco de violência ou discriminação.

O reconhecimento facial por IA já levou a prisão injusta de pessoas inocentes, tanto nos Estados Unidos, como no Brasil.

ASPAS. Em entrevista ao NYT, Sandhini Agarwal, pesquisadora de políticas da OpenAI, explicou que a tecnologia se concentra principalmente na identificação de figuras públicas, mas não possui o mesmo nível de abrangência das grandes ferramentas de reconhecimento facial disponíveis.

Via New York Times (em inglês)

Texto Sofia Schurig
Edição Alexandre Orrico

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