Funcionários da Apple têm se reunido com autoridades chinesas para tentar contornar as novas regras que exigem que os desenvolvedores de aplicativos estrangeiros estejam registrados no governo chinês, segundo uma reportagem do Wall Street Journal.
É provável que essas tentativas não tenham sucesso. Empresas chinesas, incluindo Huawei e Xiaomi, fabricantes de celulares, recentemente atualizaram as regras de suas lojas de aplicativos, exigindo que os desenvolvedores concluam os procedimentos de registro.
ENTENDA. A China está intensificando a aplicação de regras para registrar aplicativos estrangeiros, o que pode resultar na remoção de aplicativos como Facebook, Instagram e Twitter/X da App Store chinesa.
Até jul.24, a Apple não poderá oferecer esses aplicativos em sua loja na China, a menos que os desenvolvedores de aplicativos estejam registrados no governo, de acordo com regras emitidas pelo Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China há dois meses.
POR QUE IMPORTA? O uso de VPNs permite que usuários chineses do iPhone acessem aplicativos de mídia social ocidentais, mas as novas regras podem fechar essa brecha.
A Apple provavelmente irá cumprir as regras, resultando em uma loja de aplicativos mais restrita para aplicativos internacionais no país asiático. Em 2020, a empresa retirou diversos videogames de sua loja após novas restrições do governo chinês.
Cinco redes sociais norte-americanas (Instagram, Twitter/X, Facebook, YouTube e WhatsApp) tiveram mais de 170 milhões de downloads na China ao longo da última década, segundo estimativas da Sensor Tower, uma empresa de análises de mercado.
Laís Martins
Via Wall Street Journal (em inglês)
