A startup americana de saúde sexual feminina Daye afirmou que a Meta rejeitou anúncios de produtos de cuidados menstruais, alegando serem conteúdos de teor adulto ou político. A empresa, que oferece produtos e serviços médicos, opera nos Estados Unidos e na União Europeia.
ENTENDA. Desde mai.2020, a Daye tem tentado veicular anúncios na plataforma sobre temas como absorventes, condições ginecológicas e outros relacionados à saúde sexual e reprodutiva feminina.
No entanto, a CEO Valentina Milanova afirma que esses anúncios são consistentemente rejeitados, sobretudo aqueles que usam termos anatomicamente corretos para descrever os produtos, ao invés de eufemismos.
IMPACTO. Milanova afirmou que a publicidade na Meta se torna consideravelmente mais cara quando os anúncios são proibidos, resultando em um aumento de custo de cinco vezes.
“Tudo, desde a menstruação até a menopausa, é categorizado como conteúdo adulto ou político”. Quando os anúncios são banidos pela Meta, o engajamento dos perfis da Daye diminui, segundo a executiva.
PODE? SIM. Os anunciantes podem veicular anúncios na Meta que promovam saúde sexual, bem-estar e produtos relacionados à saúde reprodutiva.
A Política de Anúncios de Produtos ou Serviços para Adultos da empresa impõe restrições a esses anúncios, incluindo a exigência de segmentar públicos maiores de 18 anos.
JUDICIALIZAÇÃO. Em junho, o Centro de Justiça da Intimidade, do qual a Daye faz parte, apresentou uma queixa à Comissão Federal de Comércio (FTC), o principal órgão regulador do comércio americano, pedindo medidas contra a Meta devido à sistemática rejeição de anúncios de saúde voltados para mulheres.
Ano passado, a Meta mudou suas políticas para reconhecer que nem todo o conteúdo de saúde feminina enquadra em produtos e serviços adultos.
SAIBA QUE. Recentemente, foi reportado que empresas que vendem produtos sexuais para mulheres só conseguem anunciar na Meta ao segmentar o público-alvo como homens.
Via Mashable (em inglês)