Evan Spiegel, CEO da Snap, dona do Snapchat, começou 2024 com a faca entre os dentes.
O QUE HOUVE? Em um e-mail enviado aos funcionários da empresa, Evan detalhou as prioridades para este ano.
O executivo acredita que estamos à beira de uma revolução comparável às do computador pessoal e do celular.
Inteligência artificial? Não. Para ele, a revolução passa pelos gadgets vestíveis, como os Spectables da Snap.
(Você se lembra dos Spectables? Os óculos escuros que mandam fotos e vídeos para o Snapchat? Não?)
PLANO. Evan acredita que 2024 será um ponto de virada, o ano em que a Snap entregará “seu potencial pleno” de como imagina as interações sociais no digital.
Para isso, a Snap focará seus esforços em três frentes:
- Evoluir os algoritmos responsáveis pelas interações com anúncios a fim de torná-los mais efetivos.
- Unificar interações do Spotlight (o clone do TikTok do Snapchat) e Stories para aperfeiçoar a recomendação de conteúdo personalizado.
- Focar mais no crescimento em mercados desenvolvidos, como América do Norte e Europa, o que, para ele, significa “uma abordagem mais iOS-cêntrica”.
OPINIÃO. Parece um plano feijão com arroz de toda rede social algorítmica, não?
POLÊMICA. O assunto do e-mail de Evan é a decretação da morte das redes sociais:
As redes sociais morreram. Vida longa ao Snapchat!
Soa estranho vindo do CEO de uma rede social, mas, segundo o próprio, o Snapchat não é isso. É um app de relacionamentos.
O discurso paz e amor dá uma guinada mais para o final, quando Evan pesa para cima de (imagina-se) Meta e X (antigo Twitter):
É certo que estamos longe de sermos perfeitos, mas enquanto nossos concorrentes estão conectando pedófilos, alimentando insurreições e recomendando propaganda terrorista, sabemos que o Snapchat faz as pessoas felizes.
Climão.
O Business Insider tem o texto completo (em inglês) do memorando de Evan Spiegel.