O Kwai está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) após uma reportagem da revista piauí revelar que a rede social cometeu uma série de irregularidades para consolidar aqui como o seu maior mercado internacional: são 48 milhões de usuários ativos no Brasil.
RESUMÃO. Segundo a reportagem, que examinou documentos internos e entrevistou funcionários e ex-funcionários, o Kwai:
- Clonou perfis de usuários de outras plataformas, incluindo do Tribunal de Justiça de São Paulo;
- Contratou agências para produzir conteúdo viral, resultando na disseminação de vídeos desinformativos sobre vacinas, urnas eletrônicas e as eleições presidenciais de 2022;
- Impulsionou contas de candidatos à Presidência, contrariando as regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mesmo após assinar um compromisso com o tribunal para combater fake news no feed.
SATISFAÇÃO. A investigação, iniciada na quinta-feira (18.jan) por meio de uma portaria eletrônica do Ministério Público Federal, está sendo conduzida pelo procurador Yuri Corrêa da Luz, da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo.
A procuradoria está conduzindo um inquérito para investigar possíveis violações de direitos fundamentais pelas principais plataformas no Brasil, incluindo YouTube, TikTok, Instagram, Meta, Twitter/X, WhatsApp e Telegram.
Google e Apple também serão convocadas.
PORTARIA. Na portaria, o MPF afirma: “Enquanto as sete plataformas digitais citadas estão sendo investigadas por eventuais omissões em face de conteúdos desinformativos produzidos e circulados por terceiros em seu ambiente, os controladores da plataforma Kwai, segundo noticiado, estariam eles próprios produzindo/encomendando e circulando conteúdos desinformativos.”