O Bluesky abriu a federação da sua rede nesta quinta (22.fev).
COMO ASSIM? A partir de agora, qualquer pessoa interessada poderá subir um servidor próprio que se conecta à rede do Bluesky.
Até então, só havia um servidor — o dos desenvolvedores —, uma dinâmica similar à de redes sociais comerciais, como X e Instagram.
DETALHES. Num primeiro momento, a federação do Bluesky é destinada somente a “self-hosters”, ou seja, àqueles que pretendem ter um servidor para seu próprio perfil.
O código para servidores capazes de receber múltiplos usuários virá depois.
OK, MAS… Segundo o blog para desenvolvedores do Bluesky, esses servidores pessoais precisam de “autorização” para se integrarem à rede.
Essa autorização é feita em um servidor do Discord.
Além disso, o Bluesky impõe alguns limites a servidores pessoais: até 10 contas, 1,5 mil eventos por hora e 10 mil eventos por dia.
“Isso se destina a manter a rede e a distribuição funcionando sem problemas para todos no ecossistema”, argumenta a empresa.
Embora a motivação seja legítima, é uma distinção significativa da outra grande rede descentralizada, a baseada no protocolo ActivityPub (do Mastodon).
No ActivityPub, não é preciso pedir autorização de ninguém para participar da rede.
Não se sabe se essas restrições e centralização do protocolo AT, do Bluesky, são temporárias ou não.
DIFERENÇAS. No comunicado oficial, o Bluesky gasta alguns parágrafos para detalhar no que se difere do Mastodon.
A distinção mais importante é que, no Bluesky, o servidor é só uma parte da história e não fica vinculado à identidade do usuário, ao contrário do Mastodon.
De lá:
No Bluesky, a escolha do servidor não afeta o conteúdo que você vê. Os servidores são apenas uma parte do protocolo — quando você navega no Bluesky, você vê postagens que são reunidas de muitos servidores diferentes. É por isso que você pode alterar seu servidor depois de se inscrever sem perder seu nome de usuário, amigos ou postagens.
Via Bluesky, Blog para desenvolvedores (ambos em inglês).