As maiores redes sociais do mundo estão aquém do patamar ideal de transparência de dados, representando desafios para pesquisadores, jornalistas e profissionais que investigam potencial de dado dessas plataformas, de acordo com um novo índice desenvolvido pelo NetLab, um laboratório de pesquisa da UFRJ.
O Índice de Transparência Digital (ITD) avaliou 40 parâmetros dentro dos critérios de acessibilidade, conformidade, completude, consistência, relevância e atualidade, constatando um cenário precário de transparência de dados das plataformas.
Algumas constatações iniciais:
- Nenhuma plataformas chegou ao nível ideal de transparência;
- Apenas o YouTube tem uma marca satisfatória, mas apresenta algumas inconsistências de informações, limites na captação de dados e falta de metadados de vídeos removidos ou tornados privados;
- O estudo ainda considera a ferramenta de dados CrowdTangle, da Meta, a qual foi descontinuada. Ou seja, a nota regular de Facebook e Instagram deve ser consideravelmente reduzida numa futura atualização do ITD, visto que os pesquisadores têm criticado a nova ferramenta substituta;
- Plataformas de vídeo como TikTok e Kwai são bem mais limitadas;
- O estudo considera o WhatsApp, cuja classificação como "rede social" tem sido debatida, especialmente após a implementação de novos recursos nos últimos anos, como a criação de canais de transmissão e de grupos públicos com mais de mil usuários, o que turvou a ideia que a Meta tenta passar de que é apenas um aplicativo de mensagens.
TRANSPARÊNCIA DE PUBLICIDADE. O NetLab também criou o Índice de Transparência de Publicidade (ITP), no qual todas as empresas ficaram abaixo do nível satisfatório.
Muitas, inclusive, ficam com marca zero
no índice.
Os estudos do NetLab podem ser acessados na íntegra neste link (ITD) e neste link (ITP).