Bolsonaro travado e Moro-surpresa atiçam redes

O primeiro debate presidencial do segundo turno teve até um toque inesperado do atual presidente em Lula

Antes do primeiro debate presidencial do segundo turno, organizado por Band, UOL, Folha e TV Cultura, o Bolsonaro disse que o episódio do "pintou um clima" o fez passar as piores 24 horas da sua vida — o que é impressionante vindo de alguém que já levou uma facada e que, se for mesmo palmeirense, enfrentou o jejum de 17 anos sem títulos, entre 1976 e 1993.

O episódio das jovens venezuelanas foi pouco explorado no debate, mas o Lula fez uma alusão sutil a ele usando um broche da campanha Faça Bonito, de combate ao abuso e à exploração sexual contra crianças e adolescentes.

Depois de o Bolsonaro dizer que o Rodrigo Maia era o pai do orçamento secreto, o ex-presidente da Câmara respondeu rápido. Bem rápido mesmo, com um vídeo sem fazer a barba e sem limpar a câmera frontal do celular.

O momento mais comentado do debate foi este, em que o Bolsonaro parece dar uma travada.

Mas, pra mim, a parte mais interessante vem logo depois, quando ele encosta no Lula.

O Lula tirou a mão do Bolsonaro rapidamente, mas o momento foi eterno enquanto durou. Até o intérprete de libras ficou um pouco desconcertado.

O Flavio Bolsonaro deu aos twitteiros a oportunidade de reeditar um clássico.

O Super Trunfo do Bolsonaro foi o Sergio Moro Surpresa.

Ex-juiz federal e agora ex-traidor do atual presidente, ele o assessorou nas qüestões 🇧🇷 sobre a corrupiçaum 🦆 e ainda deu entrevista coladinho com o mito.

A direita gostou!

O pior momento do Lula foi quando ele não soube administrar o tempo e deixou o Bolsonaro com mais de cinco minutos pra falar sozinho. Mas também, né? Quando deixam o Bolsonaro falar à vontade ele diz que quase comeu um índio, então talvez não tenha sido tão ruim assim pro Lula.

A agência de checagem Aos Fatos listou algumas mentirinhas de sempre do Bolsonaro e uma do Lula, que disse que no governo dele não tinha sigilo.

Mas, afinal, quem venceu o debate?

Nessas ocasiões eu me lembro sempre destes versos da música "O Rei do Gatilho", interpretada pelo Moreira da Silva:

Eu atirei, ele atirou, e nós trocamos tanto tiro
Que até hoje ninguém sabe quem morreu
(Eu garanto que foi ele, ele garante que fui eu)

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