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Lula chegou perto de ganhar a eleição no primeiro turno, mas, na bolha progressista das redes sociais, o clima foi de derrota.
Os institutos de pesquisa não conseguiram captar o voto bolsonarista em vários estados, e foram muitas as surpresas desagradáveis para a esquerda: no Senado, vitórias de Damares Alves (DF), Hamilton Mourão (RS), Magno Malta (ES), Sergio Moro (PR) e Marcos Pontes (SP); no executivo estadual, Cláudio Castro reeleito já no primeiro turno no Rio e Tarcísio de Freitas passando para o segundo em São Paulo à frente de Fernando Haddad.
Bolsonaristas, que já não acreditavam nos institutos de pesquisa, agora os consideram totalmente desmoralizados. Ainda assim, também ficaram decepcionados porque acreditavam numa vitória do "mito" no primeiro turno. Já falam em fraude — sem provas, claro, e só no caso da eleição presidencial, convenientemente.
Mesmo que Lula acabe ganhando as eleições no segundo turno, em 29 de outubro, muitos de seus eleitores já se preocupam com a governabilidade por causa da composição do Congresso a partir do próximo ano.
O PL, partido de Bolsonaro, fez uma bancada enorme na Câmara. Na edição 2023 do centrão, haverá muitos bolsonaristas leais, mas, como sempre, mais ainda políticos fisiológicos dispostos a aderir a qualquer governo.
Sob uma perspectiva progressista, é impossível celebrar a nova composição do Senado.
Mas há quem argumente que não mudou tanta coisa assim e que nem tudo está perdido.
A única certeza que temos, hoje e sempre, é a do slogan do Tiririca ao contrário: pior que tá sempre fica.