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Os governadores Romeu Zema (MG) e Jorginho Mello (SC) publicaram vídeos em suas redes anunciando que crianças desses estados não precisarão ser vacinadas para se matricular em escolas públicas — tudo em nome da "liberdade", claro.
A linguagem de ambos é ambígua: eles não falam se a medida vale só para o imunizante contra a covid-19 ou para outras vacinas.
Na página de Jorginho Mello no Instagram, os comentários mais populares do post são de apoio à medida (principalmente de parlamentares e influenciadores de direita).
No post de Romeu Zema, porém, predominaram as críticas à medida:
![](https://nucleo.jor.br/content/images/2024/02/Captura-de-Tela-2024-02-06-a-s-09.04.40.png)
Nas redes, muitas pessoas lamentaram o retrocesso.
Quando eu era criança TODO MUNDO era doido por vacina, todo mundo queria vacinar e proteger os filhos. Ainda tinha casos de poliomielite e sarampo e todo mundo sabia que o melhor jeito de cuidar dos filhos era vacinando, sabe? Fila no postinho pra tomar. https://t.co/zON3WY99Fa
— Gabi Bianco (@gabibianco) February 5, 2024
E cobraram ação.
Esse movimento de governadores removendo a obrigatoriedade de vacinação para matrícula de crianças é muito preocupante.
— Letícia Sarturi (@LeSarturiP) February 5, 2024
Eu queria realmente entender por que isso não está sendo levado à sério.
Se o Governo Federal não consegue impedir, o judiciário não tá aí pra isso?
Em Minas, Pedro Rousseff, conselheiro municipal de juventude de BH, disse ter protocolado uma denúncia no Ministério Público contra a medida de Zema.
Acabei de protocolar uma DENÚNCIA no MP CONTRA o Zema, Cleitinho e Nikolas pelas suas falas que desincentivavam a vacinação infantil.
— Pedro Rousseff (@p_rousseff) February 5, 2024
Ser anti-vacina não é só anti-ciência, mas CRIMINOSO e eles agora vão responder judicialmente por isso pic.twitter.com/gM7lusSGuz