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Ontem, no Dia do Orgulho LGBTQIA+, a atriz Valentina Schmidt publicou no Instagram uma foto segurando um cartaz com os dizeres "I'm queer and I'm proud" ("sou queer e tenho orgulho", em tradução livre).
O pai dela, o apresentador Tadeu Schmidt, comentou o post com coraçõezinhos coloridos, aludindo à bandeira arco-íris do movimento LGBTQIA+.
Com a repercussão em sites de notícia, os termos "Queer o que é" e "Queer" ficaram entre os mais buscados no Google Brasil.
Mas então, o que é a queer? A própria Valentina escreveu sobre isso no Dia do Orgulho do ano passado:
"Depois de anos de dúvidas, cheguei a uma conclusão da qual me orgulho e com a qual finalmente me sinto confortável: sou queer, ou seja, no meu caso, minha orientação sexual e atração emocional não se encaixam nos padrões da heteronormatividade. Eu me amo e amo todos vocês. Esta sou eu. Simples assim."
Se você quiser se aprofundar no assunto, pode ler no site da Unicamp este artigo da professora de filosofia Aléxia Bretas sobre a origem da palavra e como ela ganhou diferentes conotações ao longo do tempo.
Depois de pontuar que o termo "queer" começou a ser estigmatizado na passagem para o século 20, ela cita um trecho do Manifesto Queer Nation, de 1990, que explica a opção por essa expressão em vez de outras, como "gay":
“Bem, sim, ‘gay’ é lindo. Tem seu lugar. Mas quando muitos homens e mulheres gays acordam, pela manhã, sentimos raiva e desgosto, não alegria. Por isso escolhemos nos chamarmos ‘queer’. Usar ‘queer’ é uma maneira de lembrarmos como somos percebidas pelo resto do mundo. É uma maneira de dizermos que não precisamos ser pessoas empolgadas e charmosas, que levam suas vidas discretamente e à margem do mundo hétero. Usamos queer como homens gays que amam lésbicas e lésbicas que amam ser queer.”