Este post saiu primeiro na newsletter Garimpo – uma curadoria fina, engraçada e direta do que tem de viral nas redes sociais. Receba de graça.
Pela primeira vez, o IBGE perguntou a orientação sexual da população brasileira em um estudo: a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, cujos resultados acabam de ser divulgados.
Entre a população geral acima de 18 anos, 1,2% se declararam homossexuais e 0,7%, bissexuais. Recusaram-se a responder 2,3% dos entrevistados.
A Folha decidiu manchetar que 95% dos maiores de idade se autoidentificaram como heterossexuais.
O número aparentemente baixo de pessoas autodeclaradas homossexuais e bissexuais chamou a atenção.
Mas agora falando sério: o próprio IBGE afirma que o número deve estar subnotificado. A explicação está neste trecho da reportagem da Revista Híbrida sobre a pesquisa:
"Nayara Gomes, analista da PNS, frisou que o número de lésbicas, gays e bissexuais registrado na pesquisa pode estar subnotificado, principalmente por fatores como o estigma e o preconceito, que podem fazer com que as pessoas LGBTI+ não se sintam seguras em declarar a orientação sexual.
'A gente não está afirmando que existem 2,9 milhões de homossexuais ou bissexuais no Brasil. A gente está afirmando que 2,9 milhões de homossexuais e bissexuais se sentiram confortáveis para se autoidentificar ao IBGE como tal', disse."
Deve ser isso, então. Todo dia a gente aprende alguma coisa nova.