Este post saiu primeiro na newsletter Garimpo – uma curadoria fina, engraçada e direta do que tem de viral nas redes sociais. Receba de graça.
Bom, a essa altura você já deve estar sabendo que ontem apareceu um touro de ouro em frente à Bolsa de Valores de São Paulo, no Centro Velho.
Ok, "apareceu" é modo de dizer. A escultura é um PRESENTE da Bolsa de Valores (a B3), do economista Pablo Spyer (sócio da XP Investimentos) e do artista Rafael Brancatelli PARA A CIDADE DE SÃO PAULO, como eles explicaram nesse post aqui.
O problema é que nem todo mundo de São Paulo não gostou muito, não.
O touro, além de uma alusão ao próprio Pablo Spyer, que tem 400k followers no Instagram e usa o apelido de "Tourinho de Ouro", é uma "homenagem" ao Charging Bull, a escultura de bronze de um touro em posição de ataque que decora Wall Street – a rua onde fica a Bolsa de Valores de Nova York.
Essa referência OBVIAMENTE remeteu à eterna síndrome de vira-lata dos paga-paus de gringo.
Dá para ver como a galera imagina que nasceu essa ideia do Touro de Ouro paulistano e também acessar a versão oficial da história, você escolhe.
De qualquer forma, realmente virou um novo marco paulistano, rapidamente batizado com um nome bem adequado.
Se você pensar bem, o Touro não deixa de ser um produto de seu tempo, no sentido estético...
E no sentido ético também: mais de metade dos brasileiros vivem algum grau de insegurança alimentar atualmente.
A prova disso é que hoje ele já amanheceu alterado: um cartaz onde se lê FOME em letras garrafais foi colado ao Touro pelo Movimento Raiz da Liberdade e Juventude Fogo no Pavio.