Dizem que brasileiro não desiste nunca e o ministro Luis Roberto Barroso, presidente do do Tribunal Superior Eleitoral, está aí para confirmar. Na quinta-feira, Barroso enviou um ofício a Pavel Durov, CEO e fundador do Telegram, pedindo uma reunião para tratar de cooperação no combate à desinformação, informou o site do TSE.
É importante porque...
- Sem Telegram, esforços entre empresas de redes e TSE mirando eleições de 2022 fica desfalcado
- Em comparação com outras redes, o aplicativo tem menos moderação e têm recursos, como o tamanho dos grupos, que facilitam disseminação de conteúdo desinformativo.
- Telegram já está presente nos smartphones de mais da metade dos brasileiros
Não é a primeira vez que o TSE tenta estabelecer contato com o Telegram. Em junho, Aline Osorio, secretária-geral do TSE e coordenadora do Programa de Enfrentamento à Desinformação, disse em entrevista à Folha de S. Paulo que o Telegram era um grande desafio e que estavam tentando contato até por vias diplomáticas.
Em julho, mostramos em reportagem aqui no Núcleo como o Telegram opera no escuro no Brasil. O fato do aplicativo de mensagens não ter representação no país – nem mesmo para fins legais -- dificulta uma possível cooperação, mas Barroso sugeriu que o encontro ocorra com algum representante.