A Amazon apresentou um novo recurso da Alexa, sua assistente de inteligência artificial, que imita vozes de outras pessoas. O objetivo é reavivar vozes de parentes falecidos.

COMO É? A tecnologia foi apresentada na re:MARS, um evento anual da Amazon, por Rohit Prasad, cientista-chefe de inteligência artificial (IA) da Alexa.

Segundo Prasad, basta apenas um minuto de áudio para que a IA seja capaz de recriar a voz de alguém.

Embora as aplicações dessa tecnologia sejam variadas, a Amazon a posiciona como uma maneira de encarar o luto pela morte de alguém próximo.

“Embora a IA não consiga eliminar a dor da perda”, disse Prasad, “ela pode, sem dúvida, fazer com que sua memória perdure.”

ESQUISITO. A reação do público e da imprensa foi de estranhamento — e não é difícil imaginar o porquê.

Não só a aplicação sugerida é… controversa, mas outros usos podem ser ainda mais problemáticos. E se alguém quiser ouvir uma história de ninar com a voz do Galvão Bueno, sem a autorização do próprio Galvão? Pode isso, Arnaldo?

MASSIFICAÇÃO. O trunfo dessa nova tecnologia está em popularizar uma técnica que, embora já exista, estava restrita a ambientes profissionais.

No cinema, as vozes de Val Kilmer em Top Gun: Maverick e do chef Anthony Bourdain, no documentário Roadrunner: A film about Anthony Bourdain, lançado em 2021, foram recriadas digitalmente.

(Kilmer teve a voz severamente afetada por um câncer de garganta; Bourdain faleceu em 2019.)

No Brasil, o Mercado Livre recriou a voz do pai do jogador de futebol Zico, José Antunes Coimbra, que faleceu em 1986, para um comercial.

QUANDO? Apesar da repercussão, a Amazon não informou quando ou mesmo se a tecnologia que cria deep fakes de áudio de pessoas falecidas será lançada ao público.

Via Reuters, AWS Events/YouTube (ambos em inglês).

Post feito em parceria com o Manual do Usuário

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