O Google anunciou na última sexta (1º.jul) que irá apagar históricos de localização de visitas feitas em clínicas de aborto, clínicas de reabilitação e abrigos para vítimas de violência doméstica. O processo será feito de forma automática.
Dados de usuários em aplicativos também poderão ser deletados pelas usuárias. Como acontece, por exemplo, no Fitbit que pode rastrear ciclos menstruais. A usuária poderá excluir permanentemente esses registros de uma vez só.
MAS AINDA TEM BRECHA. A empresa ainda tem uma brecha para resolver, que se torna ainda mais urgente agora que crescem os temores de que apps de saúde sejam usados como armas de controle por estados com leis antiaborto em vigor.
A coleta de dados pessoais nunca foi permitida na Google Play, mas uma API no software Android, conhecida como “Query All Packages”, ainda permite que aplicações consultem o inventário de todas as outras aplicações no telefone de uma pessoa. Já em março a empresa havia dito que resolveria o problema, mas agora o prazo é dia 12.jul.
Ao Financial Times o Google disse que “não vende dados de usuários, e a Google Play proíbe estritamente a venda de dados de usuários por desenvolvedores. Quando descobrimos violações, tomamos medidas”.
No entanto, o Google, junto à Apple e outras grandes empresas de tecnologia, foi acusado algumas vezes nos últimos anos de vender informações pessoais de usuários. A mais recente em jun.2022.