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O Comitê de Supervisão da Meta publicou na última terça-feira (26.jul.22) seu primeiro caso, segundo a Rolling Stone, envolvendo moderação e identidade de gênero. O grupo é um órgão independente lançado em 2020 para tratar de questões como desinformação, discurso de ódio e assédio.
O CASO: De acordo com o comunicado à imprensa, duas pessoas transgênero tiveram fotos retiradas do Instagram por violarem as políticas de nudez e imagem explícita com fotos sem camisa, anunciando que realizariam mastectomias (cirurgia de retirada das mamas). Em ambas as postagens, os mamilos estavam cobertos - em uma, com as mãos, na outra, com fita adesiva cor da pela.
Um dos casos foi aceito por um moderador humano, após o sistema automatizado da Meta ter considerado o post com "conteúdo potencialmente violador". Já o outro foi pelo próprio sistema automatizado da Meta, empresa dona do Instagram. As postagens tiveram ao menos três sinalizações de moderação rejeitadas antes de serem derrubadas.
Após contestarem a moderação, que foi mantida pela Meta, os usuários apelaram ao Comitê de Supervisão. Somente depois que o conselho de supervisão assumiu o caso é que a empresa reverteu sua decisão e restaurou as publicações, dizendo que foram removidas “por engano”.
Em declarações à diretoria, os usuários, que não tiveram suas contas divulgadas, dizem ser “importante que os corpos transgêneros não sejam censurados na plataforma, especialmente quando os direitos transgêneros e o acesso à saúde que afirma o gênero está nos ameaçando nos Estados Unidos”.
META QUER SUA OPINIÃO: Em sua decisão, o conselho pede para que usuários comentem sobre as políticas da Meta e questões de identidade de gênero. Entre os temas propostos para discussão, está se as políticas internas da empresa respeitam direitos de usuários trans e não-binários, e como as redes sociais podem ser uma ferramenta de expressão para pessoas LGBTQ em países autoritários.
NO ENTANTO… Postagens com conteúdo anti-LGBTQ viralizaram mais do que nunca no Instagram em junho (mês do orgulho LGBTQ), segundo dados da Media Matters for America. A organização, que monitora a extrema-direita dos EUA nas redes, descobriu que a Meta permitiu que mais de 3 mil comentários homofóbicos ou transfóbicos continuassem no ar após denunciados, ainda que as diretrizes de comunidade proíbam conteúdo preconceituoso e retórica anti-LGBTQ.