Uma ferramenta de anúncios da Meta instalada em sites de hospitais nos Estados Unidos foi usada para rastrear pacientes, segundo dois processos coletivos contra a empresa.
Os processos, movidos em junho e julho na Califórnia, denunciam a maneira como uma ferramenta de anúncios da Meta, a Meta Pixel, foi usada para direcionar anúncios a pacientes sobre suas condições de saúde.
Os pacientes também alegam que tanto a empresa quanto hospitais violaram a privacidade de pacientes ao permitir que seus dados fossem rastreados.
As ações terão que ser certificadas como ações coletivas por um juiz antes que possam avançar.
COMO ACONTECEU: A Meta Pixel, usada para coletar dados de audiência e mostrar anúncios do Instagram, fornece dados relacionados ao endereço de IP do usuário, além de dados de onde ele navegou e clicou em um mesmo site.
Um dos processos alega que 664 clínicas médicas ao redor dos EUA enviaram dados sigilosos de pacientes ao Facebook.
Isso seria uma violação da lei americana de sigilo médico (a HIPAA), uma vez que pacientes não consentiram que suas informações fossem compartilhadas com a Meta.
Em junho, o site The Markup publicou uma investigação mostrando que 33 dos 100 principais hospitais nos EUA usavam Meta Pixel em seus sites. Em 7 hospitais, a ferramenta foi instalada em portais com login e senha para pacientes.
A reportagem descobriu que a ferramenta estava enviando informações sobre as condições de saúde dos pacientes, consultas médicas e alergias a medicamentos para o Facebook, que alegou ter filtros que detectam e removem os dados sensíveis de saúde enviados pelos hospitais.
Os documentos com o texto (em inglês) das acusações feitas pelos pacientes estão disponíveis na íntegra no site da The Verge, que publicou a reportagem sobre o caso nessa terça (2.ago).
Via The Verge (em inglês)
