A intenção era de reduzir o alcance de um vídeo da CUT (Central Única dos Trabalhadores) no YouTube, mas a determinação do TSE de derrubar a peça teve o efeito inverso: fez com que o vídeo, que estava com baixo alcance, viralizasse no Twitter.
A decisão a autoridade eleitoral afirma que a publicação, intitulada O messias do apocalipse, se tratava de uma propaganda eleitoral antecipada negativa contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).
A DECISÃO: Na ação protocolada pela Coligação Pelo Bem do Brasil (PL, PP e Republicanos), da candidatura à reeleição de Bolsonaro, os representantes afirmam que o vídeo continha “suposta intenção do presidente da República em agravar a pandemia de COVID-19". O que, segundo a representação, teria sido feito com a intenção de tirar votos do candidato.
A ministra do TSE Maria Claudia Bucchianeri decidiu, na terça-feira (23.ago.22), que o vídeo havia infringido a Lei Eleitoral por ter sido publicado em 19 de julho. A propaganda foi liberada apenas a partir de 15 de agosto.
No entendimento da ministra, o vídeo tinha "clara conotação eleitoral" e era irregular, uma vez que a CUT, no entendimento do TSE, não pode promover propaganda eleitoral por se tratar de uma entidade de representação sindical, sem fins lucrativos e voltada à defesa de trabalhadores.
A RESPOSTA NAS REDES: A decisão fez com que o vídeo fosse de 47 visualizações, no canal da CUT no YouTube, para mais de 392 mil visualizações no Twitter.
A frase “VÍDEO PROIBIDO” também ficou entre os assuntos mais comentados da rede desde a manhã de quarta-feira (24.ago.22), com mais de 38,7 mil tweets.