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Mais brasileiros disseram confiar no Google (57%) e no WhatsApp (53%) para notícias (57%) do que na imprensa (46%), mostrou uma pesquisa publicada nesta quinta-feira (22.set.2022) pelo Reuters Institute for the Study of Journalism, ligado à Universidade de Oxford.

Para as demais plataformas incluídas na pesquisa (Twitter, Facebook, TikTok e Instagram), ainda há mais confiança nas notícias em geral do que nas notícias obtidas por meio destas redes sociais.

No caso do YouTube, a proporção de brasileiros que confiam em notícias na rede de vídeos equivale à parcela que confia nas notícias em geral: 46%.

O cenário de confiança nas notícias no Brasil se diferencia de outros países na pesquisa (Índia, Reino Unido e Estados Unidos).

Apesar de variações no tamanho do trust gap (o intervalo de confiança entre notícias nas plataformas vs. notícias em geral), respondentes dos outros países ainda confiam mais nas notícias de maneira geral do que nas notícias nas plataformas.

Os resultados indicam um cenário com mais nuances do que a simples ideia de que uso massivo de redes sociais tenha enfraquecido a confiança nas notícias, avaliaram os pesquisadores.

"Não encontramos menor confiança em notícias dentre aqueles que usam plataformas mais frequentemente e acessam notícias ali, mas sim confiança mais baixa dentre pessoas que acessam notícias em outros meios ou, em geral, consomem menos notícias", diz o relatório.

Consumo de notícias nas redes

  • 58% dos brasileiros disseram usar o WhatsApp diariamente para consumir notícias. Para Facebook, Google e Youtube, essa proporção varia entre 30% a 35%;
  • Mais brasileiros usam o TikTok (11%) para notícias do que o Twitter (5%);
  • Usuários de redes sociais se deparam com críticas a jornalistas ou ao jornalismo com mais frequência do que pessoas que não usam redes sociais;
  • Para 54% dos brasileiros, número de curtidas ou compartilhamento é um fator decisivo para confiar ou não em informação nas redes sociais;
  • 67% dos brasileiros avaliaram que empresas de tecnologia deveriam tomar medidas para distinguir notícias confiáveis e não-confiáveis nas redes.

Uso de redes sociais e política:

  • No Brasil, apenas 7% dos entrevistados disseram ter usado grupos de WhatsApp de cunho político nos últimos 30 dias;
  • No Brasil, entre 73% e 79% dos respondentes concordam que notícias falsas ou enganosas e assédio são problemas no Facebook, Google, WhatsApp e YouTube;
  • 68% dos brasileiros dizem precisar tomar cuidado sobre o que falam ligado à política no Facebook.
Texto Laís Martins
Edição Sérgio Spagnuolo
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