A campanha eleitoral teve 45 dias bem intensos, com diversos eventos e acontecimentos nesse meio tempo – desde o falecimento da rainha Elizabeth II e o "imbrochável" do 7.set até embates entre a direita e ministros do TSE e notícias corrupção presidencial.
Mas o que movimentou mesmo as redes sociais de políticos foram os três debates na TV entre presidenciáveis (mesmo aquele sem a presença de Lula).
EVIDÊNCIAS. O ISP, índice criado pelo Núcleo para medir a temperatura das redes de políticos, está em seu maior patamar sustentado desde o começo da série histórica, iniciada em abr.2021.
O QUE ISSO QUER DIZER? Para se ter uma ideia, entre 1º.abr.2021 e 14.ago.2022, a mediana do ISP foi de 42,7 pontos numa escala que vai de 0 a 100.
O que é mediana?
A mediana é o ponto central do conjunto de dados, aquele ponto que divide a metade maior da metade menor de uma base.
A mediana é utilizada para encontrar a tendência dos dados a fim de evitar distorções que possam ser causadas pela média por conta de uma grande diferença entre valores.
EXEMPLO: dado o conjunto de dados [10, 15, 20, 25, 95]
- A mediana desse conjunto seria 20 (o número central)
- A média seria 33 (a soma dos números dividida por 5)
A mediana, nesse caso, pode representar melhor o conjunto de dados do que a média, pois o maior valor está muito distante dos outros.
ISP NA CAMPANHA. O índice marcou 100 pontos por 6 vezes
durante a campanha eleitoral – uma marca bem difícil de ser alcançada. Nos 18 meses anteriores à eleição, o ISP havia marcado 100 pontos apenas 3 vezes.
DATAS RELEVANTES. Durante a campanha eleitoral, o índice ISP atingiu seu máximo no dia 16, data de início da campanha eleitoral, e nos dias 28 e 29 de agosto, marcados pelo primeiro debate presidencial na TV Bandeirantes seguidos de entrevistas de candidatos ao Jornal Nacional.
Depois disso, o índice teve picos nos dias 25.set (logo após o debate no SBT) e nos dias 29-30.set (logo após o debate na Globo).
SOBRE O ÍNDICE. O índice ISP considera Twitter, Facebook e Instagram e leva em conta apenas posts publicados nas redes de políticos e atores relevantes (como candidatos e personagens que movem a política).
O Núcleo considera que analisar engajamento e atividade é o mais adequado para medir a popularidade de políticos nas redes sociais, pois permite reduzir o ruído causado pela enxurrada de menções e comentários que frequentemente mais prejudicam do que ajudam a entender os cenários.