A indiana Aishwarya Rao contou ao site Rest of World que costuma receber dez mensagens não solicitadas de empresas no WhatsApp todo dia. Fiquei intrigado: será que sou sortudo ou esse problema ainda não chegou ao Brasil?
O QUE HOUVE? A Rest of World (RoW) publicou uma matéria detalhando a epidemia de spam no WhatsApp na Índia, maior mercado do aplicativo — são 550 milhões de usuários no país asiático.
Desde que o WhatsApp abriu sua API na nuvem, o que facilitou e barateou o disparo de mensagens automáticas por empresas, os usuários indianos se viram afogados em spam.
A reportagem da RoW apurou que, além da maior abertura às empresas, a moderação de abusos e controle de qualidade das interações de empresas na plataforma foram relaxadas.
Ao que tudo indica, esse movimento visa extrair mais receita do WhatsApp, um aplicativo com bilhões de usuários e que, ao contrário dos outros da Meta, sua detentora, não veicula anúncios. E… bem, a Meta está ávida por dinheiro.
NO BRASIL. No meu celular, vez ou outra pipoca uma mensagem do WhatsApp de uma empresa conhecida com um tique verde ao lado, como Magazine Luiza e Mercado Livre.
Também já recebi mensagens de vendedores de lojas locais, de planos de internet residencial e financeiras oferecendo empréstimos. Pareciam, porém, esquemas mais rudimentares, com pessoas mandando as mensagens manualmente.
Perguntei nos bastidores do Núcleo se alguém está sofrendo com spam no WhatsApp e ouvi várias respostas afirmativas.
Aqui, o volume ainda não chega que a Aishwarya recebe na Índia, dez mensagens diárias, mas as dez mensagens semanais em média já podem ser consideradas abusivas.
Outra pessoa relatou ter recebido mensagens oficiais da Shopee pelo WhatsApp, sendo que nunca fez compras na loja singapurense.
E aí, como as coisas estão? O spam no WhatsApp já incomoda?
Via Rest of World (em inglês).
